A Cultura dos Chás e a Cura pelas Plantas: Sabedoria Popular e Ciência em Harmonia
- Brajeiradas criação de cont.

- 28 de mai.
- 2 min de leitura

No coração da cultura brasileira, o uso de plantas medicinais e chás terapêuticos é uma tradição que atravessa gerações. Desde os conhecimentos indígenas até as receitas passadas por avós, a natureza sempre foi nossa farmácia. Mas até onde a sabedoria popular e a ciência caminham juntas quando falamos de cura pelas plantas?
A Herança Cultural e a Ciência Moderna
Mais de dois terços da população mundial ainda recorre às plantas como principal forma de tratamento, segundo estudos. No Brasil, fatores como o alto custo dos medicamentos industriais e a conexão com a terra fortalecem essa prática. Plantas como boldo, camomila, alecrim e guaco são ícones da medicina caseira, mas será que todas têm comprovação científica?

A resposta é complexa. Enquanto algumas plantas, como a valeriana (sedativo) e o ginkgo biloba (melhora cognitiva), possuem estudos robustos que validam seus efeitos, outras carregam riscos pouco conhecidos. Por exemplo:
O confrei, usado popularmente para úlceras, contém substâncias hepatotóxicas (fonte: https://hortodidatico.ufsc.br/confrei/).
O cipó-mil-homens pode ser abortivo e deve ser evitado por gestantes.
A ANVISA reconhece o potencial terapêutico de várias plantas, mas também alerta para os perigos do uso inadequado. Confira a lista oficial de plantas medicinais aprovadas pelo SUS - https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/plantas-medicinais-e-fitoterapicos/plantas-medicinais-e-fitoterapicos-no-sus
Desafios e Cuidados
A ciência é clara: nem tudo que é natural é seguro. Os principais riscos incluem:

Confusão entre espécies: Diferentes tipos de "carqueja" (ex.: Baccharis trimera vs. Baccharis genistelloides) têm efeitos distintos.
Efeitos colaterais: Chás como poejo ou salsa podem estimular contrações uterinas (risco para grávidas).
Interações com medicamentos: Plantas ricas em cumarinas (ex.: guaco) podem afetar a coagulação sanguínea.
Por isso, é essencial buscar informações confiáveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes sobre o uso seguro de plantas medicinais acesse:
Diálogo entre Tradição e Ciência Projetos como o Sistema de Informações sobre Fitoterápicos (SIF) buscam unir saberes populares e evidências científicas. No SUS, plantas como arnica (anti-inflamatória) e babosa (cicatrizante) já são usadas em tratamentos integrativos (conheça a política do SUS: https://www.gov.br/saude-/pt-br/composicao/sectics/plantas-medicinais-e-fitoterapicos)Receita Segura: Chá Digestivo de Erva-Doce com Gengibre
Indicado para aliviar indigestão e gases

Ingredientes:
1 colher (sopa) de sementes de erva-doce (Pimpinella anisum).
1 rodela fina de gengibre fresco (Zingiber officinale).
300 ml de água filtrada.
Modo de Preparo:
Ferva a água e desligue o fogo.
Adicione as sementes e o gengibre, abafando por 5-10 minutos.
Coe e beba morno, sem adoçar.
Por que funciona?
A erva-doce tem ação carminativa (reduz gases) estudo: (https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3665023/).
O gengibre estimula a digestão e combate náuseas.
Precauções:
Evite em caso de alergia a plantas da família Apiaceae (como aipo).
Gestantes devem consumir com moderação.
Reflexão Final
A cultura dos chás e das plantas medicinais é um patrimônio que merece ser preservado, mas com responsabilidade. No Brajeradas, incentivamos o diálogo entre o conhecimento ancestral e a ciência — porque cuidar da saúde pode (e deve) ser natural, seguro e eficaz.
Lembre-se: Consulte um profissional de saúde antes de usar plantas medicinais, especialmente se estiver grávida, amamentando ou tomando medicamentos.
E você? Qual chá ou planta faz parte da sua história? Compartilhe nos comentários!
Créditos e Referências:
ANVISA, OMS, PubMed e SUS (links incluídos no texto).
Estudo sobre gengibre: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3665023/.









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Os chás e os produtos advindos da homeopatia me fazem crer que a saúde está a alcance de muitos, porém falta e conscientização