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Eu vi isso acontecer, ninguém me contou!

by: Faviano Domingues

data: 12/09/2025

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Por ironía do destino, coube a uma “ministra” definir o voto pela condenação de alguém que sempre pregou a misoginia, o estupro e o esculacho em relação ao corpo, a aparência e a cor delas, Preta Gil, Conceição Ap. Aguiar e Maria do Rosário que o diga.

Encenaram um machismo estrutural com uma nova roupagem, a moda dos redpills e machos alfas das redes sociais, com copo de campari na mão, chapéus em suas cabeças e em seus pés aquela bota texana ridícula, falando grosso como se tivessem razão ao definir como elas devem se comportar e qual destino tomar. Claro não é de hoje que isso acontece, nos últimos tempos isso vem se evidenciando e tomando proporções irreparáveis, enfim, o machismo saiu do armário e tomou novamente sua forma original com aval e total influência de um “chefe de estado” que deveria combater e condenar esses crimes. Deixou seu legado, hoje vemos em vários setores da sociedade usufruindo das narrativas que seu "MITO" vicejou, ou melhor, eclodiu, sim desabrochou aquela semente que estava dormente a anos. 

Entre uma risadinha e outra, sempre havia um deboche e menosprezo, um dedo em riste numa simples pergunta de uma repórter. Com merecimento ou não para estuprar uma mulher, ela feia ou bonita ele nunca deixou pra lá, agora inovou, com medalhas de imbrochável e incomível, distribuídas aos seus pares políticos e seguidores. Sim, o termo: “comer”, nos doutrinaram na adolescência, reflexo daquela sociedade doente e patriarcal, onde se definia: 

“mulher para comer, para casar e procriar”.
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O despreparo mostra que não precisava ser intelectual ou ter uma boa oratória, simplesmente falava o que saía da sua boca ao se deparar com algum assunto delicado. Esses assuntos delicados que exigiam respostas bem elaboradas (é o que se espera de uma pessoa influente), sempre era uma pérola deselegante e fatídica, quando não saía fazendo gestos de “arminha” sem dar explicações.

Ele repetia o termo, mas, de uma maneira mais sofisticada, longe daquele dia em que afirmou para uma repórter que pegava o dinheiro do auxílio moradia para “COMER” gente, outra vez onde ele foi sexista afirmando ter pintado um clima entre ele e meninas Venezuelanas e em outra ocasião onde afirmou só reproduzir machos, só uma vez fraquejou e saiu uma mulher, referindo se ao nascimento sua própria filha.

A auto-afirmação sempre fez parte, de preferência em público, para exibir o troféu por ter se casado com uma mulher mais jovem.  Chegou a zombar da beleza e da idade da esposa do presidente da França. A relação ficou estremecida com aquele país.

A ministra incorpora tudo o que o Bolsonarismo não gosta e tem ódio. É independente, tem voz, presença e retórica marcante, possui 71 anos, não tem filhos e é solteira por opção. O gesto simbólico ao definir seu voto, é claro não deve ter ensinado nada a ele. Não refletiu e nem irá respeitar as demais mulheres e sua importância na sociedade, apenas torceu o nariz diante da pá de cal que uma GRANDE MULHER traçou para seus próximos anos.


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