Direita e Esquerda: Origem, Princípios e Práticas
- Valter Israel
- 6 de jan.
- 2 min de leitura

As expressões esquerda e direita surgiram no contexto do pós-Revolução Francesa (1789), quando o parlamento francês se organizava de maneira que os aristocratas – defensores dos privilégios da aristocracia, da Igreja e da nobreza, com uma visão conservadora e conhecidos como Girondinos – sentavam-se à direita do orador. Por outro lado, os burgueses trabalhadores – defensores do fim dos privilégios da nobreza e da aristocracia, assim como do livre mercado, conhecidos como Jacobinos – sentavam-se à esquerda do orador.
Vale ressaltar que, na época, trabalhadores pobres não tinham participação na política, uma vez que a democracia era um processo ainda restrito e excludente.
Ao longo da história, esses conceitos foram sendo adaptados e atualizados em diferentes contextos e regiões, consolidando-se como as orientações políticas conhecidas como direita e esquerda. Apesar das variações e nuances, essas orientações se baseiam em princípios que influenciam suas práticas e posicionamentos.
Princípios Gerais

Esquerda: Defende princípios como coletividade, igualdade, e a presença de um Estado forte que atue como mediador para reduzir desigualdades sociais e garantir direitos a todos.
Direita: Prioriza valores como individualismo, liberdade (especialmente econômica) e a ideia de um Estado mínimo, que interfere o menos possível na vida dos cidadãos e no mercado.
Práticas Associadas à Direita e à Esquerda
As práticas e posicionamentos mais comumente associados à direita incluem:
A imposição de sua vontade, com tomadas de decisão centralizadas e de cima para baixo.
Ênfase na segurança pública, com punições rigorosas para combater o crime.
Defesa do livre mercado e da propriedade privada, com redução da intervenção estatal na economia.
Redução do tamanho do Estado, com cortes em programas sociais e privatizações.
Valorização da tradição, da ordem e dos valores religiosos em políticas culturais.
As práticas e posicionamentos mais comumente associados à esquerda incluem:
Promoção da participação popular, com decisões tomadas a partir da base e de forma coletiva.
Defesa de direitos sociais, como acesso universal à saúde, educação e moradia.
Busca pela inclusão de grupos historicamente marginalizados, promovendo a diversidade e a igualdade de oportunidades.
Fortalecimento de políticas sociais e programas de distribuição de renda.
Combate às desigualdades sociais e étnico-raciais, por meio de ações afirmativas e reformas estruturais.
Valorização do papel do Estado como mediador e garantidor de direitos.

As diferenças entre direita e esquerda refletem visões contrastantes sobre o papel do Estado, da economia e das relações sociais. Embora os princípios básicos permaneçam, essas orientações podem se transformar em resposta a novos desafios e demandas da sociedade. Dessa forma, a compreensão histórica e contextual é essencial para analisar as práticas e os discursos de cada uma.
Diante destes elementos fica uma reflexão: você leitor, é de direita ou de esquerda? E os políticos nos quais você vem votando? Pense nisso!
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