“A bendita da etiqueta”

Cena do Filme Pink Floyd – The Wall - 1982

by:Bianca Santos

data: 04/08/2025

Sabe quando você veste uma blusa linda, mas tem aquela etiqueta que fica coçando no pescoço? Parece uma coisinha boba, mas irrita o dia inteiro. Você tenta ajeitar, finge que não tá nem aí, mas ela tá lá — pinicando, incomodando, atrapalhando tudo.

A vida é meio assim também. Cheia de “etiquetas” que colocam na gente, principalmente quando a gente tá crescendo. “Tem que ser assim.” “Não pode falar aquilo.” “Tem que sorrir o tempo todo.” É como se o mundo esperasse que a gente fosse perfeita, mesmo quando tudo dentro da gente tá meio bagunçado.

A gente tenta se encaixar, tenta agradar, tenta ser o que esperam. Mas, no fundo, só queria ser quem é. Sem pressão. Sem cobrança. Sem rótulo colado na testa.

Às vezes, dá vontade de pegar uma tesoura e cortar tudo isso fora. As etiquetas da roupa e as que a vida tenta colar na gente. Ficar só com o que é confortável de verdade, que tem a ver com quem a gente é por dentro.

Porque crescer já é complicado o suficiente. A gente só quer poder ser a gente — sem coceira, sem aperto, sem ninguém dizendo como tem que ser.

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